OS ANIMAIS E O ESPIRITISMO
O Espiritismo está naturalmente inclinado a todas as boas causas. Se os animais aparecem com alguma frequência neste blogue, é porque os seus membros gostam muito de animais e sentem a falta de acções que os defendam.

Ensinar o respeito pelos animais é criar uma sociedade mais pacífica e consciente.
As religiões ensinam que os animais não têm alma. Não é concebível, para os espíritas, que Deus, que é todo bondade e justiça, desprezasse os animais, criando-os unicamente para servirem de alimento, distracção e auxílio no trabalho.
Para o Espiritismo, os animais são irmãos em evolução, tal como os humanos. Os animais não são ainda Espíritos; não possuem uma inteligência, livre-arbítrio e consciência de si próprios que se nos comparem. Possuem, contudo, o princípio espiritual, como que um esboço do Espírito que serão futuramente. Os animais, portanto, também sobrevivem à morte física, reencarnam e evoluem.
O espectáculo cruento de um animal que mata outro para se alimentar, longe de atestar uma suposta crueldade de Deus, ou o rebaixar dos animais por parte de Deus, é uma forma de os animais desencarnarem, assegurando a evolução através da reencarnação, e mantendo o equilíbrio ecológico.
A atitude do Espiritismo para com os animais é de respeito, carinho e compaixão. Todo o sofrimento inútil lhes deve ser poupado. Ainda existem pessoas que têm que se alimentar de animais. Contudo, a posição espírita acerca disso é que os animais devem ser criados e abatidos com o mínimo de sofrimento. Torturar e abater animais para divertimento, não é, também aceitável.
De resto, o Espiritismo não controla as opiniões e os comportamentos sociais dos seus simpatizantes. Não é uma religião nem uma seita, mas uma filosofia, e, como tal, cada espírita responde perante a sua consciência.
Alguns religiosos defendem que os animais, "não tendo alma", não sofrem nem têm que merecer qualquer consideração. A Ciência mostra que os animais sofrem consoante a sua organização nervosa mais ou menos sofisticada, e quanto à questão da "alma", para nós, têm-na, sim.

O animal selvagem que nos olha, esquivo; o animal que nos acompanha no dia a dia e que, dizemos, "só lhe falta falar", são para nós bênçãos de Deus e companheiros de jornada na evolução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário